quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Novo livro de Edmar Silva "Âncora – A arte de estar Consciente"

O livro nasceu especificamente das sessões de Biblioterapia dinamizadas pelo psicoterapeuta Edmar Silva, realizadas voluntariamente na Academia Sénior de Tavira e noutras instituições da região.

"Âncora – A arte de estar Consciente " é um livro que aborda a importância da consciência nas relações interpessoais e, crucialmente, na gestão das próprias emoções. O autor descreve a obra como um convite a "regressar à própria essência" e a encontrar o equilíbrio entre Corpo, Mente, Emoções e Espírito. O título simboliza o reencontro com o centro interior, a firmeza que mantém o indivíduo íntegro face às mudanças externas.

"Este projeto demonstra como a literatura pode ser uma poderosa ferramenta de inclusão, bem-estar e o empoderamento pessoal".

O lançamento oficial e apresentação pública do livro "Âncora - A Arte de Estar Consciente" terá lugar no próximo dia 16 de dezembro, às 16h00, na Academia Sénior de Tavira, localizada na Praceta dos Carmelitas, 1A, 1º Andar, em Tavira.

O evento contará com a apresentação da obra pelo autor, Edmar Silva, e a presença dos alunos que participaram ativamente nas sessões de Biblioterapia com Edmar.

A comunicação social e a comunidade estão cordialmente convidadas a participar nesta celebração da palavra, da consciência e da solidariedade intergeracional.

 Sinopse do livro – Âncora – A Arte de estar consciente

Nos tempos de hoje, a conversa sobre saúde mental e desequilíbrios emocionais é constante. Somos bombardeados com a urgência de "equilibrar", "gerir" e "desconectar", mas raramente nos são oferecidas respostas práticas e eficazes que se integrem na agitação do dia a dia. A teoria abunda, mas a prática escasseia.

Onde encontrar estabilidade quando o mundo à nossa volta parece caótico?

Âncora, a arte de estar consciente nasce da necessidade premente de ferramentas reais para tempos incertos. Mais do que um livro para ser lido, esta é uma bússola para ser vivida.

Mensagens diárias e exercícios intencionais, convida o leitor a mergulhar nas quatro dimensões essenciais do seu ser: o corpo, o mental, a emoção e o espiritual. Este livro oferece um método claro para o ajudar a:

Ancorar-se. Mentalmente:

Ganhando clareza sobre os padrões de pensamento que o limitam;

Estabilizar-se Emocionalmente:

Navegando a complexidade dos sentimentos com presença e compaixão;

Conectar-se Espiritualmente:

Encontrando um propósito e uma paz interior que transcende as circunstâncias externas.

A arte de estar consciente não é sobre flutuar acima das tempestades da vida; é sobre construir um ponto de ancoragem sólido dentro de si mesmo, que resista a qualquer vento.

Aprenda e descubra a sua força transformadora de estar presente.

Tome pose da sua autoridade.

Ancore-se!

A Biblioterapia com Edmar Silva

O Caminho Integrado do Bem-Estar

Biblioterapia com Edmar da Silva oferece uma abordagem terapêutica e profunda ao desenvolvimento pessoal, utilizando o poder transformador da palavra escrita e da narrativa partilhada. Este programa estruturado vai além da simples leitura, atuando como um catalisador para a cura e o equilíbrio, com um foco claro nos quatro eixos fundamentais da existência humana: o Físico, o Psicológico, o Emocional e o Espiritual.

Através de sessões baseadas em estudos científicos e dinamizadas pelo animador e psicoterapeuta internacional, os participantes são convidados pelo Edmar Silva a embarcar numa jornada de autoconhecimento e saúde mental.

A Intervenção Integrada: Um Modelo de Transformação

O modelo de intervenção da Biblioterapia com Edmar aborda as raízes dos desafios pessoais, incidindo em:

·         Crenças: Identificar e reconfigurar sistemas de crenças limitantes que moldam a nossa realidade.

·         Padrões: Reconhecer padrões comportamentais e narrativos repetitivos que nos afastam do bem-estar.

·         Ciclos: Quebrar ciclos disfuncionais através de novas perspetivas oferecidas pelos textos e pela partilha em grupo.

·         Implementar processos de cura: Através do amadurecimento emocional.

 Os 4 Eixos do Bem-Estar e a Inteligência Emocional

A intervenção desenrola-se de forma a nutrir o ser integral, utilizando os processos de cura através da Inteligência Emocional:

1. Eixo Psicológico e Emocional

A Biblioterapia com Edmar oferece um espaço seguro para a reflexão. Ao ler e discutir histórias, os participantes ganham perspetiva sobre as suas próprias vidas, validam sentimentos e desenvolvem vocabulário emocional. A inteligência emocional é aqui trabalhada na capacidade de reconhecer, gerir e expressar emoções de forma saudável, promovendo resiliência e clareza mental.

2. Eixo Espiritual

Edmar da Silva, com a sua experiência em espiritualidade, guia os participantes na exploração de temas que tocam o sentido da vida, propósito e conexão. A dimensão espiritual não se prende a dogmas, mas à procura de significado e transcendência, utilizando textos que inspiram uma ligação mais profunda consigo mesmo e com o mundo.

3. Eixo Físico (Bem-Estar Somático)

Embora a Biblioterapia seja uma prática mental e emocional, o impacto no corpo é direto. A redução do stress e da ansiedade, resultantes da gestão emocional aprimorada, traduz-se em benefícios físicos tangíveis, melhorando a qualidade do sono, a tensão muscular e a saúde geral. Uma mente mais calma reflete-se num corpo mais saudável.

Conclusão: A Teia da Compreensão Mútua

A Biblioterapia com Edmar é uma metodologia poderosa que utiliza a literatura como um espelho e um mapa. É uma intervenção desenhada para reescrever narrativas de vida, quebrar ciclos e promover a cura integral, integrando harmoniosamente os pilares físico, psicológico, emocional e espiritual.

Mais do que uma prática individual, este processo tem uma dimensão profundamente coletiva. A partilha de vulnerabilidades no seio do grupo permite a criação de uma rede de compreensão e suporte mútuo. Neste ambiente seguro e empático, os participantes descobrem que não estão sozinhos nos seus desafios. A harmonização do estado psicológico e emocional é amplificada por esta validação social, onde cada história lida se torna um ponto de conexão, fortalecendo a resiliência individual e coletiva e solidificando um bem-estar duradouro.

terça-feira, 9 de setembro de 2025

Curso dos sonhos 2025

 As inscrições para o Curso dos Sonhos com Edmar estão abertas. 

As aulas serão online

Data: 20 de setembro de 2025

Hora: 14h Hora Portugal

Hora: 10h Hora do Brasil

São seis meses de aulas online.  As aulas serão gravadas

Informações e inscrições:

Sonhos – institutodasemocoes.com



MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O CURSO DOS SONHOS:

Sonhos – institutodasemocoes.com

Formulário de inscrição:

https://forms.gle/LckXEb6k7ivU9y1w5

Email:  contatoinstitutodasemocoes@gmail.com

Site do psicoterapeuta Edmar Silva:  EDMAR SILVA

Espaço Amar - Consultas, cursos e sessões - Edmar Silva

Agenda de Consultas com Edmar -  SOS DAS EMOÇÕES


Projeto de Voluntariado com Edmar

OFICINA DO LIVRO com Edmar Silva

R3G - REDE DE VOLUNTÁRIOS

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domingo, 1 de junho de 2025

Crianças de ontem e adultos de hoje!

  infância nem sempre recebeu tanta importância quanto hojeSer criança no século 21 significa ter uma série de direitos como educação, saúde, nutrição e o fundamental direito à vida. Mas séculos antes, durante a Idade Média, a criança não recebia o mesmo tratamento.

Crianças da atualidade são mestres em tecnologia, mas aprendizes em socialização. Eles são conectados e aprendem com facilidade. Muitos trocam qualquer brincadeira tradicional para jogar no tablet. Sabem falar outro idioma, têm personalidade e curiosidade aguçada.

Independente da região do mundo ou do período histórico, toda criança é igual: um ser em desenvolvimento que precisa receber atenção e cuidados redobrados para se desenvolver por completo. E a única coisa que varia em relação a isso é a forma como os adultos enxergam e tratam as crianças.

A frase "adulto de hoje, criança do passado" reflete a ideia de que as experiências e o desenvolvimento da infância influenciam significativamente o adulto que somos, tanto em termos de personalidade quanto de comportamentoAs experiências da infância, especialmente as emoções e o ambiente em que vivemos, moldam a forma como nos vemos e como nos relacionamos com o mundo, deixando marcas profundas que impactam a vida adulta.

A infância é um período crucial para o desenvolvimento do cérebro e para a formação de padrões de pensamento e comportamento. As interações com pais, cuidadores e o ambiente são as primeiras referências sobre nós mesmos e o mundo, e essas experiências moldam a forma como nos relacionamos e como nos sentimos em relação a nós mesmos e aos outros.

A "criança interior" é a parte de nós que guarda as memórias, emoções e experiências da infância. Ela influencia a forma como lidamos com a vida adulta, e pode ter um impacto significativo em nossa saúde mental e emocional.

O que vivemos como crianças, especialmente em termos de relacionamentos, segurança e afeto, pode influenciar como nos comportamos como adultos, como nos relacionamos e como nos sentimos. Crianças que crescem em um ambiente seguro e afetuoso tendem a ter mais confiança e autoestima, enquanto que aquelas que enfrentam dificuldades podem desenvolver padrões de comportamento que as afetam na vida adulta.

Reconhecer e cuidar da criança interior pode ser uma forma de lidar com as dificuldades e traumas do passado, e de criar uma vida mais saudável e equilibrada.

Desperte a sua criança dentro de si!

Desperte os seus  sonhos de criança!


quarta-feira, 2 de abril de 2025

Mas por que é tão importante dormir e sonhar?

São muitos os significados dos sonhos. Na visão das crianças, podem significar apenas dormir e sonhar com os anjos. Ou então, a hora de enfrentar os monstros que habitam os seus pesadelos. Para os adultos, sonho pode ser sinônimo de desejos, ambições e do que almejam para o futuro. Para a ciência, trata-se da experiência de imaginação do inconsciente.

Freud, do alto da psicanálise, explicaria que os nossos sonhos noturnos representam a busca pela realização de um desejo reprimido. Sonhamos, sabe-se lá com o que, ainda dentro do útero da mãe. Sonhos também podem significar a capacidade, o poder das “premonições”, que podem representar uma tentativa da nossa mente de imaginar o que poderia acontecer para que estivéssemos mais preparados para o futuro.

Trazendo a “realidade” dos sonhos para o âmbito da neurociência, sonhar indica diferentes níveis de armazenamento da aprendizagem. Ou seja: se você sonha pouco, pode estar aprendendo pouco.

Então, quanto devemos sonhar?

É normal que as pessoas sonhem, em média, cinco vezes por noite. Esses sonhos geralmente duram em torno de 20 a 25 minutos. É comum que os sonhos estejam relacionados com o que vivenciamos no dia anterior, ou em até dois dias anteriores. Quando aprendemos algo, somamos esse conteúdo as nossas experiências de vida. E o sonho tem a função de arquivar na nossa memória de longo prazo o que aprendemos e vivenciamos.

Contar os sonhos faz bem

Se sonhar tem relação com a aprendizagem, será possível fortalecer a qualidade do que aprendemos quando nos lembrarmos do que sonhamos? A resposta é sim! Apesar de existir uma tendência de esquecermos facilmente o que sonhamos, quando acordamos e contamos o nosso sonho para alguém, estamos estimulando a memória.

Esse é um estímulo ao arquivamento, e, quando as redes neurais utilizadas para armazená-lo forem reativadas, poderemos lembrar os sonhos com mais facilidade. É uma espécie de ginástica cerebral.

Entendendo o caminho da memória


O armazenamento de informações percorre um caminho no nosso cérebro durante o dia para ser armazenado à noite, enquanto dormimos. Quando estamos acordados, processando novos conhecimentos, lendo, ouvindo histórias, aprendendo fórmulas e vivenciando novas experiências. Nesse processo, o hipocampo – região do cérebro envolvida na consolidação e na recuperação de nossas memórias, aprendizagem e emoções – está ativo e capturando todas as informações.

O hipocampo também é ativado durante o nosso sono. É nessa região do cérebro que as memórias ficam armazenadas temporariamente. E, para que essas memórias sejam consolidadas, as informações são transmitidas ao neocórtex cerebral, onde serão consolidadas em longo prazo.

Mas por que é tão importante dormir e sonhar?

É durante o sono que o nosso corpo passa por uma redução da percepção do ambiente externo, fazendo com que os músculos relaxem, e as atividades cerebrais diminuam, sem, portanto, parar de processar.

Durante essa redução de atividade, o cérebro desperta a sua função cognitiva junto à memória, no campo das emoções, incluindo a interação com os olhos, que também se movimentam de um lado a outro, no já bem conhecido REM (Rapid Eye Movement ou Movimento Rápido do Olho), o famoso movimento ocular que indica quando estamos sonhando.

“Não dormimos apenas para descansar o corpo e repor as energias. É durante o sono que o nosso cérebro arquiva as nossas memórias do dia em uma memória de longo prazo. O sono e os sonhos são fundamentais para que possamos fortalecer e integrar a rede neural de eventos recentes com os nossos conhecimentos e experiências prévias”, explica Douglas de Araújo Vilhena, psicólogo e coordenador do Laboratório de Pesquisa Aplicada à Neurovisão (LAPAN).

Então, quanto mais aprendemos, maior será a necessidade do sono e dos sonhos. E esse é o principal motivo que nos leva a dormir. Uma boa noite de sono é a chave para a consolidação do conhecimento, fundamental para armazenar as informações e contribuir com a qualidade do nosso aprendizado.

Dormir e sonhar significa que estamos aprendendo e tendo boa consolidação da memória.

Você tem dormido o suficiente para armazenar todas as informações? Para uma boa noite de sono, é importante respeitar a quantidade de horas de sono necessárias em cada fase da vida. Seguir esse tempo é importante para um bom funcionamento do corpo e para contribuir com o bom armazenamento de toda informação absorvida durante o dia.

Fonte: Visão para o futuro

terça-feira, 5 de novembro de 2024

Freud e Jung: diferenças e semelhanças das teorias

 É possível concordar com uma pessoa em certos pontos e, mesmo assim, discordar dela em outros. A percepção dessa realidade é um sinal de maturidade e sabedoria. Por outro lado, apoiar todas as ideias de uma pessoa sem pensar de forma crítica é sinal de fanatismo. Por isso, neste artigo, iremos tratar dessa questão abordando as histórias de Freud e Jung.

Breve análise

É possível afirmar que avanços científicos só acontecem quando estudiosos se propõem a analisar as ideias de outras pessoas. Isso porque sempre há a oportunidade de se apresentar soluções diferentes para um problema. Além disso, é possível criar uma nova metodologia para lidar com um assunto.

Por essa razão, as grandes áreas de conhecimento possuem diferentes linhas teóricas. Porque existem pessoas que se propõem a pensar em alternativas para ideias que estão consolidadas, mas que não estão livres de críticas. Por isso, neste artigo, nós iremos tratar de Sigmund Freud e Carl Jung, médicos que, apesar de concordarem em certos pontos, seguiram em direções diferentes nos seus estudos.

Quem foi Sigmund Freud

Sigmund Schlomo Freud foi um teórico que ficou conhecido pela criação da psicanálise. Se você é um interessado na área, é fundamental que você conheça as suas principais ideias. Ele nasceu no dia 06 de maio de 1856 na cidade de Freiberg e morreu no dia 23 de setembro de 1939 na cidade de Hampstead. Quanto à sua formação, ele fez medicina na Universidade de Viena.

Os métodos da hipnose e da associação livre recebem destaque nos seus estudos. Assim, à medida que eles avançaram, Freud substituiu o primeiro procedimento pelo segundo. Como já foi mencionado, o médico criou a psicanálise, que é o campo do conhecimento que busca explicar os mecanismos que governam a mente humana.

Com o auxílio dela, é possível curar doenças psíquicas. O tratamento consiste no acesso a informações guardadas no inconsciente.

Quem foi Carl Jung

Carl Gustav Jung é o pai da psicologia analítica. Ele nasceu em Kesswil no dia 26 de junho de 1875 e morreu em Küsnacht dia 06 de junho de 1961. Estudou medicina na Universidade de Basileia e trabalhou no hospital psiquiátrico Burgholzi. Lá, o médico desenvolveu pesquisas sobre o teste de associação de palavras, o qual ele utilizava para ter o diagnóstico de doenças mentais.

A psicologia analítica recebeu influências da alquimia e da mitologia. Além disso, Jung foi inspirado pelos estudos de Freud. Esse é um ponto interessante de ser comentado, porque apesar de ambos concordarem em certas questões, ainda assim, Jung deu ideias que muitas vezes contrastaram com as visões freudianas.

Tendo isso em vista, iremos apontar agora algumas semelhanças e diferenças entre a psicanálise e a psicologia analítica. Esperamos que a partir dessa diferença, você possa perceber que é possível desenvolver pensamentos a partir da ideia de outras pessoas, sem precisar concordar de forma total com elas.

Semelhanças e diferenças entre Freud e Jung

Jung não era psicanalista

De início, é importante afirmar que apesar de Jung ter sido inspirado pelas ideias de Freud, ele não foi um psicanalista. O estudioso criou a psicologia analítica, dando origem a uma nova área de conhecimento.

Ambos estudaram o inconsciente

Além disso, um dos aspectos que ambos deram importância em seus trabalhos é o inconsciente. Apesar de os dois teóricos tratarem dessa instância psíquica em seus estudos, eles a abordaram de formas diferentes.

Para Freud, a psique humana é composta pelo:

  • inconsciente;
  • pelo pré-consciente;
  • e pelo consciente.

Quanto ao inconsciente, Freud afirmava que ele abrigava os conteúdos ameaçadores que foram reprimidos pelo pré-consciente e pelo consciente. Segundo ele, os nossos comportamentos são influenciados por essa instância psíquica.

Além disso, ele entendia que era possível trazer esses conteúdos reprimidos à consciência a partir da técnica da livre associação. Esse método consiste em pedir para o paciente dizer tudo o que lhe vem à mente, considerando cada informação dita por ele como relevante.

A psique humana

Freud e Jung tinham entendimentos diferentes sobre a forma como a psique humana é constituída. De acordo com a psicologia analítica, a psique humana é composta pelo:

  • consciente;
  • pelo inconsciente pessoal;
  • e pelo inconsciente coletivo.

Assim, para Jung, o inconsciente era dividido em duas camadas e existe uma relação entre o inconsciente pessoal e a produção dos sonhos.


Inconsciente coletivo

O inconsciente coletivo, por sua vez, é um ponto de discordância entre a psicanálise e a psicologia analítica. Freud apenas considerava a camada pessoal do inconsciente. No entanto, para Jung, o inconsciente coletivo é a camada mais profunda da psique humana. Ele é composto por materiais comuns a todos os seres humanos.

De acordo com a teoria junguiana, o inconsciente coletivo é a herança de experiências que foram se repetindo nas gerações ao passar do tempo. Essa é a explicação para a existência de mitos e religiões.

Considerações finais

Nosso intuito ao informar as semelhanças e as ideias de Sigmund Freud e Carl Jung sobre o inconsciente é mostrar que a psicologia analítica foi criada a partir de semelhanças e discordâncias entre os estudiosos. Assim, como você pôde ver, Jung concordava com a ideia de inconsciente, mas criou o próprio conceito de inconsciente coletivo.

É importante que as pessoas possuam a habilidade de pensar de forma crítica. Assim, elas não irão cair no erro de concordar de forma cega com os pensamentos de alguém, mas também não vão se precipitar em descartar as ideias alheias.

Como você pôde ver, os pensamentos de Freud foram essenciais para a construção da psicologia analítica.

Fonte: Freud e Jung: diferenças e semelhanças das teorias - Psicanálise Clínica

quinta-feira, 11 de julho de 2024

De acordo com a ciência, as cores estão associadas a padrões emocionais

Por que a cor vermelha é sempre tão marcante e emocionante para nós? Segundo a ciência, as cores têm o poder de despertar emoções muito específicas.

Que emoção a cor azul evoca em você? Quais sensações um quarto pintado de amarelo geraria em você? Durante anos, a ciência afirmou que as cores estão associadas a padrões emocionais. No entanto, tentar entender como nossa consciência interpreta esse tipo de estímulo continua sendo um desafio para os neurocientistas.

Por exemplo, todo especialista em design de interiores sabe que os tons de azul estão associados à calma e que uma sala pintada de amarelo está relacionada à positividade ou ao dinamismo. No entanto, um tom muito intenso de amarelo provoca ansiedade.

A cor é uma ferramenta de comunicação capaz de induzir processos emocionais e até fisiológicos. O fato de que isso aconteça ainda é fascinante. A cor nada mais é do que uma perceção visual. É a resposta dos fotorreceptores da retina ao discriminar os diferentes comprimentos de onda do espectro eletromagnético.

Então, o que acontece no cérebro a partir do momento em que essas ondas eletromagnéticas fazem contato com o olho para evocar uma emoção específica?

“Cada pessoa tem sua própria cor, uma tonalidade cuja luz se filtra apenas ao longo dos contornos do corpo. Uma espécie de halo, como nas figuras vistas contra a luz.”
-Haruki Murakami-

Por que as cores estão associadas a padrões emocionais?

Como disse Goethe, há cores que atraem pela graça e outras que são rejeitadas com raiva. Existe algo em nossa “bagagem” psicobiológica que nos faz reagir de uma forma ou de outra a certos tons de cor. No entanto, dada a relevância que este tema tem no campo da publicidade, arte e até bem-estar, há algo interessante que deve ser destacado.

Os médicos Andrew J. Elliot e Markus Maier, da University of Rochester (Estados Unidos), destacaram em seu trabalho de 2015 que grande parte das pesquisas realizadas até poucos anos atrás tinha pouco rigor científico. Toda a literatura sobre a cor e o seu funcionamento psicológico ainda está em seus estágios iniciais. Assim, os próprios autores destacam que o impacto que a cor tem sobre nós decorre da aprendizagem social e também de aspetos biológicos.

Este último aspeto é o que mais desperta interesse e polêmica. Estamos “programados” para reagir a uma cor de maneira diferente da outra? Por que razão? Esse tipo de pergunta ainda não tem uma resposta consensual. No entanto, sabemos que as cores estão associadas a padrões emocionais.

Cones, as células fotossensíveis da nossa retina

Os cones são células fotossensíveis encontradas na retina. Todos os vertebrados os possuem. Agora, algo que foi descoberto na década de 60 é que existem três modalidades desse tipo de célula. Cada um deles é especializado em gerar uma série de sensações ao entrar em contato com as cores vermelho, verde e azul.

Ou seja, existem células fotossensíveis que reagem induzindo sensações únicas a três tipos de cores primárias. Uma dessas células, conhecida como “tipo L”, é ativada pela onda de luz que gera o vermelho.

O cérebro associa a cor vermelha a eventos importantes, como a tonalidade de feridas e sangue. Diante desse tipo de estímulo, o ser humano sempre teve que reagir.

Já o verde e o azul estão ligados à natureza, a cenários que sempre nos foram próximos e familiares. Isso explica por que esses tons são tão básicos e nos fazem reagir da maneira como reagimos.

As cores estão associadas a padrões emocionais devido às nossas experiências

Na verdade, nossas experiências anteriores e até mesmo nossa própria cultura influenciam a maneira como percebemos as cores. Em muitos países, a cor branca está associada à pureza e inocência. No entanto, em certas áreas do Oriente, como China ou Japão, essa cor é usada em rituais fúnebres ou durante o luto pela morte de alguém.

A maneira como a sociedade nos faz ver uma determinada cor está arraigada em nosso registro emocional, assim como certas experiências. Podemos não gostar do azul porque era o tom do nosso uniforme na escola ou talvez porque fosse a cor do quarto do hospital onde ficamos internados.

As cores estão associadas a padrões emocionais que o cérebro organiza de acordo com nossas experiências e influências socioculturais. Ou seja, não é apenas o aspeto psicobiológico que nos determina.

Cor e consciência

É um fato inegável que as cores e as sensações que elas despertam em nós não existiriam sem a nossa consciência. A forma como percebemos a realidade, a reconhecemos e a interpretamos sempre faz parte dessa entidade tão difícil de compreender e à qual William James dedicou tantos trabalhos.

A consciência não tem nada a ver com ética ou moral. É um processo pelo qual construímos conscientemente a nossa própria realidade das coisas, do mundo e da nossa relação com tudo o que nos rodeia. As cores estão associadas a padrões emocionais porque influenciam essa arquitetura interna.

com eles para reconhecê-los e interpretá-los. Em essência, somos o resultado da nossa evolução, uma rede neural complexa que reage a cada estímulo com base em nossas experiências acumuladas como espécie.

No entanto, somos também o que pensamos e interpretamos, e as cores são essa dimensão familiar que nos envolve constantemente a ponto de modificar o que sentimos.