quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Crise Economica quando afeta a Crise emocional

A crise económica está a ser tão difícil que está a afetar a saúde emocional das pessoas que não estavam habituadas a passar por muitas dificuldades. Tornou-se um problema que afeta não apenas a política dos países, mas também cada individuo em todo o sistema onde se vive.
Por todo lado, quando olhamos à nossa volta, percebemos que estamos a ser influenciados pela crise em diversos aspetos, que por vezes parecem ser uma bola de neve imparável. Claro, existem muitas casas onde a palavra crise se tornou uma alta definição da sua situação atual.
É muito comum no meu consultório, ouvir histórias pessoais que demonstram que a crise invadiu não só os “bolsos” da família mas afetou a mente das pessoas e tornou-se um dos fatores mais importantes da atualidade. Parece que nas “histórias das crises” as pessoas estão a sentir que a crise está a tocar mais de perto do que imaginaram.

A situação é preocupante, pois alguns especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertam que a crise está a desencadear transtornos psico-emocionais tão graves, que já estamos mais do que na hora de repensar quais são os efeitos colaterais provocados nas pessoas.

Mas afinal, qual o significado da palavra crise?
s.f. Mudança brusca que se produz no estado de um doente e que se deve à luta entre o agente agressor infeccioso e as forças de defesa do organismo.
- Período de manifestação aguda de uma afecção: crise de apendicite.
- Manifestação violenta, repentina e breve de um sentimento, entusiasmo ou afeto; acesso: crise de gargalhadas; crise de arrependimento.
Fig. Momento perigoso ou difícil de uma evolução ou de um processo; período de desordem acompanhado de busca penosa de uma solução: a adolescência é uma crise necessária.
Fig. Conflito, tensão: crise familiar.
Fig. Ausência, carência, falta, penúria, deficiência: crise de mão-de-obra.
- Decadência; queda; enfraquecimento: crise de moralidade.
- Crise económica, ruptura periódica do equilíbrio entre produção e consumo, que traz como consequências desemprego generalizado, falências, alterações dos preços e depreciação dos valores circulantes.
- Crise ministerial, período intermediário entre a dissolução de um governo e a formação de outro em regimes parlamentares.

Poderíamos aqui discutir os efeitos positivos e negativos da crise  nessa sociedade. Neste sentido também podemos analisar as causas e tomar decisões. No entanto, as decisões, nem sempre estão disponíveis para todos..  Por vezes é impossível uma pessoa  tomar decisões para melhorar a sua situação por sentir incapaz de o fazer. O estado psicológico de cada pessoa que enfrenta uma crise, quer seja em qualquer nível é pode fazer a diferença nas tomadas das decisões. 
Como a crise afeta fisicamente, mentalmente e emocionalmente?
Enfrentando uma crise com a incerteza de não saber onde vamos chegar, por vezes pode causar uma série de transtornos na saúde física e mental. Dependendo da gravidade da situação individual de cada um, os sintomas provocados pela crise podem ser diferentes para cada pessoa:

  • Stress. O corpo enfrenta a ameaça de uma situação desconhecida com uma resposta fisiológica que afeta cada indivíduo de forma diferente.
  • Insónia e sonolência. O desassossego causado por problemas relacionados ao sono.
  • Doenças gastrointestinais: são causadas por stress. Podem variar de distúrbios alimentares transitórios, gastrite nervosa, flatulência, etc.
  • Diminuição das defesas. A diminuição da imunidade facilita o desenvolvimento de doenças infeciosas.
  • Baixa autoestima e autoimagem. Impotência causada por não ser capaz de resolver a situação, pode gerar pensamentos de uma forma negativa.
  • Podemos perder a capacidade de tomar decisões. O medo e a ansiedade por vezes serve como bloqueios para tomar decisões.
  •  A crise pode ser desencadeada e podem surgir doenças mentais latentes como a esquizofrenia.
  • O estado emocional afeta a saúde sexual, criando transtornos nas relações.

Superando os problemas de saúde causados pela crise
A coisa mais importante numa situação de crise ou dificuldade é manter a calma e pensar que para tudo há uma solução. O medo transforma as emoções e paralisa, de modo a que a resposta emocional possa ser totalmente o oposto do que se teria numa situação normal.
É importante separar as diferentes áreas da vida. O esforço não deve deixar que os problemas económicos que afetam a família, o casal, o desempenho no trabalho. Se conseguir identificar onde está o problema e separá-los fica mais fácil para encontrar solução individualizada.
Já foi comprovado que a maioria dos nossos pensamentos são lixos. Isto significa que produzimos mais pensamentos sobre os problemas do futuro do que os problemas no presente. Temos uma capacidade para dobrar a intensidade dos problemas que por vezes dificultam a solução dos mesmos. Por isso o pensamento positivo, já é meio caminho andando para encontrar soluções adequadas para atingir os resultados.
Não antecipar as possíveis preocupações. Isto é, preocupar-se prematuramente provoca em nós um sentimento de angústia e desespero que por vezes só é possível e só dificulta encontrar uma forma clara de tomar decisões.
Dar a oportunidade de abaixar as vibrações do medos, para que ações positivas possam criar novas oportunidades é fundamental para construir um futuro diferente.

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