Hoje no programa Haja Manhã, com Ana Cristina da Radio Gilão, Falamos de mais dois ciclos das emoções na fase da perda.
Destaquei um excelente livro que aborda de forma clara e objetiva com exemplos praticos sobre as emoções:
Identificar as emoções é uma tarefa crucial para a saúde dos nossos corpos (físico-psíquico-emocional e espiritual). Algumas técnicas de autoajuda, podem contribuir bastante para o nosso bem-estar connosco próprios, com os outros e com o mundo em geral.
Da mesma forma que temos caixas de primeiros socorros medicinais, podemos e devemos fazer o mesmo para a nossa saúde mental. É a partir desta premissa que a psicóloga Maria Palha escreve o seu livro: Uma caixa de primeiros socorros das emoções.
A autora acredita que o mal-estar e a desarmonia vêm da forma como cada um de nós processa e vive as emoções. É a forma como nos regulamos emocionalmente que influencia o bem-estar ou mal-estar na relação connosco próprios, com os outros e com o mundo em geral. Ter conhecimento de como as nossas emoções nos influenciam, de como tendemos a funcionar em determinadas situações e o que podemos fazer para regular o mau estar, conseguiremos sem dúvida sentirmo-nos melhor.
As emoções funcionam como um guia interior e, se não estivermos alinhados com a nossa essência, facilmente desenvolvemos sensações de ansiedade, medo, vergonha, culpa ou frustração.
Infelizmente a sociedade ocidental negligência a educação emocional e muitos de nós temos dificuldade em identificar e compreender as emoções, desconhecendo, na maioria das vezes, as ferramentas adequadas para lidar com elas.
Ao longo do livro a psicóloga partilha técnicas e ferramentas para criar um kit SOS das emoções: como as identificar, compreender e gerir.
4 dicas para criar a sua caixa SOS das emoções
1 – Monitorize as emoções no momento em que acontecem, sem delays: aprender a usar o corpo como uma bússola interna para controlar “como me sinto” e “o que sinto”. Reconhecendo o que sente, você consegue ser mais honesto consigo mesmo, com o “Eu”, passando a agir, em vez de reagir, na sua relação com os outros- “Eu e os Outros” – ganhando paralelamente o controlo na sua interação com o mundo – “Eu e o Mundo”.
Reconhecendo e respeitando os meus limites e o dos que me rodeiam, aprendendo a não reagir, mas a agir honestamente face aos meus valores. – Melhores relações sociais.
2 – Regular quando me sinto mal: aprender a identificar emoções difíceis no momento certo (na minha vida – “Eu”- como a tristeza, a mágoa ou a solidão) distinguindo-as de fontes de mal-estar (como a ruminação ou “não cuidar de mim”), não só na sua vida, como na sua relação com os outros (como é o caso da zanga, da agressividade, da inveja ou da vergonha) e na sua interação com o mundo.Cada uma destas emoções traz uma mensagem que importa aprender a descodificar, tal como a aplicar “band-aids” emocionais – técnicas de autoajuda – no momento adequado.
Identificar com clareza o que é tóxico, as minhas fontes de mal-estar, as minhas emoções difíceis, adotar estratégias para regular o mal-estar, comigo (“Eu”, na interação com os outros (“Eu e os Outros”) e com o mundo (“Eu e o Mundo”).
3 – Reconhecer os sinais de alerta: aprender a identificar os sinais de alerta (na sua vida, o “Eu” – como é o caso do “modo piloto automático” ou a duração e a intensidade das suas emoções), na sua relação com os outros (“ Eu e os Outros” – como o isolamento, a irritabilidade ou a instabilidade emocional) e na sua interação com o mundo (“Eu e o Mundo”- como a desesperança, a desmotivação ou o cansaço). Conseguindo, consequentemente, definirem que momento deve pedir ajuda especializada ou acionar os recursos que já tem.
Identificar quais são os meus sinais SOS, quando estou a precisar de ajuda, de apoio, e que tipo de apoio preciso.
4 – Promover emoções prazerosas e fontes de bem-estar: começa por reconhecer e incluir mais fontes de bem-estar no dia-a-dia (como hobbies ou a importância da comunidade). Aprender a descodificar e a identificar emoções prazerosas em geral (como o contentamento, a serenidade ou a alegria) ginasticando-as na interação com os outros (através da generosidade, do amor, da compaixão ou da empatia) e na relação com o mundo, através da criatividade, da resiliência, do sonho ou da celebração.
Potenciar as emoções prazerosas e celebrar as minhas fontes de bem-estar. Reconhecer e implementar fontes de bem-estar. Reconhecer e implementar fontes de bem-estar numa base diária, potencia emoções prazerosas na minha rotina, criando uma conta-poupança de emoções confortáveis ativável em momentos de crise.
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