terça-feira, 11 de julho de 2023

Como mudar o padrão das suas emoções na prática?

Emoção é aquilo que sentimos imediatamente após um acontecimento tanto positivo quanto negativo. Portanto, é algo natural, que acontece com qualquer ser humano e, muitas vezes, incontrolável. Algumas emoções causam sintomas físicos, como palpitações aceleradas, febre e até desmaios.

Quando as emoções são tão negativas assim é comum que evitemos seus “gatilhos”. Depois de algum tempo, nós evitamos até mesmo qualquer ação que desperte emoções mais fortes. A vida acaba perdendo o sabor. Afinal, viver é sentir.

A grande vantagem é que o ser humano é mutável e capaz de se desenvolver por toda a vida. Portanto, a partir do momento em que trabalhamos essas emoções, podemos criar padrões emocionais muito mais saudáveis — e nunca é tarde para dar o primeiro passo. Veja como começar esse processo.

A influência dos pensamentos

Emoções são voluntárias e difíceis de controlar porque são imediatas, despertadas por um gatilho qualquer. Mas outro fator que pode ser, pelo menos, “domado” e influencia consideravelmente o nosso comportamento é o pensamento. 

Vamos a um exemplo: você desejava muito uma vaga de emprego. Passou por todas as etapas, esforçou-se para oferecer o melhor durante todo o processo, mas não conseguiu passar. Assim que recebe a notícia, você se sente frustrado. O problema é que, depois de duas ou três tentativas frustradas, seu pensamento começa a ser tão negativo que você pensa “Não adianta nada tentar, pois não vou conseguir mesmo”. Com isso, você simplesmente para de tentar. Toda vez que pensa na vaga de emprego dos sonhos, a única emoção sentida é a frustração.

Um padrão emocional negativo paralisa, faz com que você pare de correr atrás do que deseja, de aproveitar oportunidades únicas na vida e de conhecer pessoas interessantes. Portanto, assim que vier um pensamento negativo, não o alimente. Reflita.

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Identifique a origem e como os pensamentos o afetam

Nossas experiências e vivências contribuem para a construção dos padrões emocionais, que determinam como reagimos e interpretamos o que acontece ao nosso redor.

Padrão é um comportamento repetitivo despertado por gatilhos específicos. Portanto, para entender qual o padrão negativo de suas emoções, é preciso entender o que o desperta. 

Por exemplo: se alguém faz uma crítica e sua reação é sempre ser extremamente defensivo, reflita por que um comentário do tipo exige tanto esforço para se preservar. Você se sente injustiçado? Aconteceu algo no passado que criou esse tipo de “casca emocional”?

Veja o lado bom da vida

Você só aprenderá a ter um padrão emocional mais positivo se notar o que há de bom na vida. Senão, todo o esforço será para um comportamento raso. 

Veja que quem está acostumado a ver o lado negativo da vida raramente muda de comportamento. Até o que é bom é visto com receio, como se tivesse uma “pegadinha” da vida por trás. O padrão emocional desse indivíduo é sempre muito defensivo, como se ele tivesse medo de ser feliz.

Tudo é uma questão de dar o primeiro passo. Além de fazer a autorreflexão, pare ao redor e enxergue o que há de bom na sua vida: as pessoas que você ama, os amigos que fez ao redor da vida, o teto sobre sua cabeça, o prato na mesa. Há uma série de motivos para agradecer. 

Pratique atividades meditativas

Quando as emoções nos dominam, perdemos nosso raciocínio lógico. São reações físicas, mentais e espirituais em profusão que, se houver um comportamento repetitivo, vão alienar o indivíduo por muito mais tempo. Por isso, é preciso trabalhar práticas que possam equilibrar tantas informações ao mesmo tempo.

Atividades como a meditação, ioga, tai chi chuan e mindfulness ajudam você a se conectar com o presente de maneira saudável, permitindo que mantenha o foco no que é realmente importante. Além disso, trazem uma série de benefícios tanto físicos quanto mentais e emocionais.

Encare seus medos

Comportamento defensivo, caos mental e padrão emocional limitante são muitas vezes causados pela mesma emoção: o medo. Principal paralisador, esse sentimento pode ser sim bom: ele evita que coloquemos nossa vida em risco e nos ajuda a ter critérios nos riscos que vamos tomar. Porém, é preciso refletir: o medo é real ou só existe na sua cabeça?

Muitos dos nossos maiores medos simplesmente não existem ou são muito menores do que realmente parecem. Será que é realmente tão ruim assim tentar aquele novo hobby? Por que falar com aquela pessoa parece tão arriscado assim? Por que a opinião do outro é tão perigosa a ponto de te impedir de conquistar algo novo? Ligar para aquela pessoa com quem você brigou há anos vai fazer tão mal assim?

Muitos dos problemas e medos só vão sumir quando forem encarados. Mas se for difícil dar esse primeiro passo, peça ajuda. Terapia e grupos de apoio existem justamente para ajudar você a romper essas bolhas que o impedem de se desenvolver.

Como visto, estar em sintonia com suas emoções não é só possível, como essencial para sua qualidade de vida.

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